O governo federal decidiu bloquear o Bolsa Família de 1,2 milhão de pessoas que se cadastraram no segundo semestre do ano passado. A medida vale para os beneficiários que dizem morar sozinhos.
O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e o grupo terá 60 dias para recadastrar as informações e demonstrar que, de fato, preenche os requisitos para acessar o benefício. O prazo começa a contar a partir de sexta-feira (14).
"Caso a pessoa preencha os requisitos do Bolsa Família e comprove que mora sozinha, o benefício volta a ser pago, incluindo as parcelas bloqueadas. Portanto, o cidadão comprova as informações, volta à folha de pagamento normal do programa e recebe as parcelas referentes aos meses em que ficou sem o pagamento", explicou Dias.
O aviso do bloqueio será enviado pelo aplicativo do Cadastro Único e por SMS. E quem não atualizar as informações ou comprovar que mora sozinho pode ter o Bolsa Família suspenso de forma definitiva.
De acordo com o ministro, o bloqueio do auxílio para as pessoas que moram sozinhas não é para penalizar ninguém, mas para "corrigir distorções verificadas no último ano, quando houve uma curva acentuada de registros unipessoais". O ministério informou que, em março deste ano, a entrada de cadastros unipessoais foi 66% menor que a média verificada em 2022, quando chegaram a entrar quase 500 mil cadastros unipessoais em um único mês.